Durante o restante do séc. XIX, Bur Dubai não passou de um vilarejo de pescadores, mergulhadores de perolas e comerciantes beduínos, indianos e persas. Em 1892, os ingleses fizeram acordos com os sheikhs da região, levando ao título semi-oficial de “Trucial States”. Sheikh Maktoum de Dubai logo demonstrou o agora-lendário tino comercial de sua família oferecendo isenção de impostos para comerciantes que se basearam por lá; assim nasceu a Zona Franca de Dubai.

Na virada do século, o vilarejo havia se tornado uma cidade de 10.000 habitantes.
O colapso da indústria de pérolas em 1929 iniciou uma fase de declínio que somente foi revertida quando Sheikh Rashid substituiu seu pai em 1939 e dedicou-se a aumentar a importância de Dubai como principal centro comercial da região.
O petróleo foi descoberto em 1966 e a exportação começou em 1969. Em 1971, os sete emirados até então conhecidos como “Trucial States” formalizaram uma federação e adotaram o título “Emirados Árabes Unidos”. O resto é historia!

Um palácio erguido pela força do petróleo, onde o luxo não é nem um pouco supérfluo e sim um gênero de primeira necessidade. Tamanha ostentação parece ter saído de um conto de Mil e Uma Noites, mas é real e um sonho possível para endinheirados dispostos a gastar muito. O Burj Al Arab, o único hotel sete estrelas do mundo, fica em Dubai, a capital dos Emirados Árabes. Essa suntuosidade chama a atenção pelo glamour e foi apresentada ao mundo, em 1999, como o 18º arranha-céu mais alto do mundo, com impressionantes 321 metros de altura, ou 1.053 pés, 280 metros de praia e na parte interna, literalmente, tudo o que brilha é folheado a ouro.
Esse paraíso fica em uma das regiões mais ricas do mundo. Para erguer esse palácio que recebe plebeus cheios de dinheiro como se fossem sheiks árabes, o governo de Dubai, uma das sete cidades-estado do país, desembolsou uma grana alta,  US$ 6 bilhões para um prédio com somente 202 suítes dúplex. Engana-se quem pensa que o retorno rápido tira o sono dos investidores endinheirados. Nada disso. Para eles, a grana jorra da terra em forma de petróleo e a graça dessa ostentação toda está na inclusão da cidade no circuito dos grandes destinos turísticos do planeta. A missão foi cumprida com o empreendimento e atualmente o hotel mais luxuoso do planeta atrai gente que tem uma grana grossa, do mundo todo, inclusive brasileiros, cujos canais da TV pagos exibem propagandas do acesso aéreo através da empresa Lufhtansa, mais ou menos como o paraíso bem perto da gente. Mas só freqüenta quem pode pagar bem para chegar lá. Para somente visitar o Burj Al Arab, um acesso restrito, bom que se diga, paga-se US$ 75.